Nesses últimos dia eu tenho me lembrado da minha infância pobre, das coisas que eu via, ouvia, presenciava e de como eu queria que tivesse sido diferente.
Tudo é muito ainda triste e novo quando olho para o que tenho hoje e por tudo que passei pra ter o que tenho hoje.
Mas, depois de tudo, parece que não se passaram anos, apenas dias, talvez um dia.
Só uma coisa não mudou, pelo contrário, se consolidou: a minha solidão!
Continuo, dia após dia e noite após noite me refugiando sob meu lençol, no escuro do meu quarto, querendo ouvir e até mesmo confidenciar um passado próximo pras minhas paredes.
Nem tudo é tristeza e nem eu quero que o seja, tudo é melancólico, prefiro assim, é menos triste.
Menos triste e mais vivente porque algo me diz que o que pesava sobre minhas costas agora é leve. Talvez nem exista mais. Eu olho só pra frente agora e só penso em 03 coisas: Trabalhar, viver e abraçar, abraçar não no sentido do toque mas no sentido do sentir tudo e qualquer coisa que eu possa ter.
Nesses últimos dias eu tenho me lembrado de muita coisa.
A solidão é um sentimento triste, e mais triste ainda pra quem volta à adolescência e lembra do sonho mais antigo e mais ambicioso, o sonho de um amor de verdade que só foi sentido muito tempo depois, e ainda assim ficou pela metade,incompleto, sofrido, ausente, sem abraço, sem carinho, só lembranças. Quem ama e encontrou aquele que significa tudo, as cores do dia, as luzes da noite, o brilho nos olhos, a alegria nas pequenas coisas, sabe o porquê da vida e vive, mas vive com paixão.
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