domingo, 30 de agosto de 2009

Plascebo.

Sem sombra de dúvidas, eu não seria capaz de roubar nada teu, nem teu ar!
Me contento em te enganar, não mais que isso. Se eu ultrapassar a linha tênue da amargura, sofrerei.
Sofrerei por que te amo e mesmo te amando não consigo demonstrar tal ato. O fato de eu não ter coração não me preocupa, já o fiz em outros tempos.
As coisas me parecem mais fácil quando sento na areia e contemplo o vento, o mar, mas me é caro sair de casa. Minha casa é meu refúgio, ás vezes meu cativeiro.
Prendo a mim mesmo numa casa de paredes brancas onde toda e qualquer energia é inválida. Vivo aqui, morro aqui.
Sou louco, a compreenção de minha pessoa não é salutar. Me desvendar seria não me poupar, seria me expor e assim seria fácil ver como sou fraco, fraco, fraco.
Mas não morro, não hoje.
Vivo somente a contemplar o tempo e seguir ao toque de minhas paredes que ainda são brancas e embora eu não veja alguém segurar minha mão.
Hoje.

domingo, 23 de agosto de 2009

Reflexão Moral.

Hoje, durante meu banho rotineiro da tarde tive um pensamento, não uma revelação, um pensamento, um bom pensamento.
Não vou revelar o tal pensamento, só sei que me sentí diferente com essa passagem, nunca havia sentido algo assim. Saí mais limpo do meu banho do que de costume.
Hoje o dia foi de reflexão. Refletir sobre atos me tortura e me absolve de qualquer passo em falso.
O dia foi diferente do que o de costume, graças à Deus. Pena que eu não consiga me libertar!
Fraude: palavra que me persegue e fico imaginando a cabeça de alguém que passou por mim e eu o enganei.
Devemos ser felizes. Meu coração já não pesa como antes, como ontem.
Já respiro sem dor na consciência e como já era de se esperar: o meu alívio dominical diz que mais um Deja Vú semanal está batendo a porta.
O que um pensamento, um bom pensamento não faz.

sábado, 22 de agosto de 2009

Culpa n°: 02

Eu já havia mergulhado fundo na tristeza do ser humano, mas de tanto procurar encontrei Clarisse Linspector.
Ela resumi com frieza e riqueza de detalhes minhas chagas num texto que gira, gira e gira de tal maneira que beiro o suicídio.
Nem a lógica das coisas respondia com tamanha clareza a incógnita do meu peito. Poderia eu tê-la tido em qualquer outro momento, em qualquer outra situação, mas justo agora onde pesa sobre mim um vazio secular, conhecê-la mais, ir em frente, é quase que uma sentença.
Terminarei "Água Viva" com força, sentindo um nó na garganta. Parece que ela conversa comigo e eu só consigo dizer: concordo Clarisse!
Me perco até na interpretação, se a obra é um diário, uma carta ou um puxão de orelha. Não é para mim isso, pura pretenção.
De certo, uma coisa eu aprendí: quero ser como o Topázio que já brilha até no nome.
Mais uma vez: Concordo com você, amada Clarisse.

Culpa.

Eu penso que o sentimento de culpa tem haver, alguma coisa, com o sentimento de omissão. A minha talvez seja diferente mas tem um vazio aqui dentro de mim tão grande que eu seria capaz de me perder sozinho, sem culpa.
Tem também a dor de consciência, essa é tremendamente de todas a pior. Pra resumir o que estou sentindo agora, pra melhor dizer, nem eu sei.
Eu só queria ser um pouco mais diferente e todo o meu corpo dói, não por outra coisa mas sim por uma certa culpa.
Culpa de quê que eu não sei, talvez saiba e me machuca só de passar pela cabeça em revelar.
Amanhã talvez eu me sinta melhor.

domingo, 2 de agosto de 2009

Querer não é Poder, é Trabalho!

Não há no mundo alguém que me convença de que a receita para o sucesso não seja o Trabalho.
Trabalho, Disciplina e Planejamento, a Tríplice Aliança.
Eu mesmo estou colocando em prática essa Santíssima Trindade, é tudo tão simples e fico triste por não ter atentado para isso antes.
Mas isso é passado, o que importa é que eu sei o que quero, planejei minuciosamente e com muito esforço estou caminhando e cantando.
O Fim desse ano vai ser um divisor de águas para mim. Eu serei a prova cabal de que com um Pouco se faz um Muito.
Mas tudo isso tem um preço, o peso de um NÃO é mortífero, é cavalar em doses industriais. Quem descobrir uma outra forma de querer ter as coisas sem sacrificio, me ensinem.
Enquanto isso vou ficando por aqui, só, com as minhas Coisas.

sábado, 1 de agosto de 2009

Essas coisas!

Ai essas coisas que me deixam louco, que me jogam pra cima, pra baixo! Esse fogo que não acaba, esse amor escaldante, essa sede de algo novo.
Tudo é tão fantástico que é como me disseram hoje: Você parece um menino quando ganha algo novo.
Isso mexeu comigo, a minha essência é essa, de um menino. Que bom que apesar de adulto não perdí isso, essa traquinagem, essa bagunça, esse destempero.
Aliando-se à isso vem a dor de cabeça do adulto, sinal que algo estava errado com meu corpo hoje. Não tem outra forma do corpo manisfestar isso sem ser com dor?
Uma vez menino, outra vez adulto, eu vejo que tudo é paradoxal e eu amo tudo isso.
A vida tem dessas coisas e essas coisas é que fazem a vida. A supresa, o susto, o novo, o velho. O que importa é que quando você chegar no final do livro uma lição você tira, e que nos últimos dias de sua vida você tenha escrito sua história que de alguma forma perdure.