Eu já havia mergulhado fundo na tristeza do ser humano, mas de tanto procurar encontrei Clarisse Linspector.
Ela resumi com frieza e riqueza de detalhes minhas chagas num texto que gira, gira e gira de tal maneira que beiro o suicídio.
Nem a lógica das coisas respondia com tamanha clareza a incógnita do meu peito. Poderia eu tê-la tido em qualquer outro momento, em qualquer outra situação, mas justo agora onde pesa sobre mim um vazio secular, conhecê-la mais, ir em frente, é quase que uma sentença.
Terminarei "Água Viva" com força, sentindo um nó na garganta. Parece que ela conversa comigo e eu só consigo dizer: concordo Clarisse!
Me perco até na interpretação, se a obra é um diário, uma carta ou um puxão de orelha. Não é para mim isso, pura pretenção.
De certo, uma coisa eu aprendí: quero ser como o Topázio que já brilha até no nome.
Mais uma vez: Concordo com você, amada Clarisse.
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