domingo, 12 de setembro de 2010

Mário Gomes

Apesar de cortar àquela praça quase sempre, não tenho a certeza de encontrar Mário Gomes. Dei por ele, como todos os cretinos, por um bêbado. Minha vergonha foi tamanha quando soube que comparado a ele sou um nada.
Refeito do engano, ainda um nada, não sei como chegar a ele. Uma pessoa qualquer disse: Oi Mário? Veio à mente: Será que sabes quem é Mário?
Me deu inveja do desapego da citada pessoa.
Em meio a toda uma poluição de vários gêneros, no balançar de cabeça inquietante e estressante do dia a dia, ao longe ví um Mário, em meio à pessoas tão nada quanto eu!
Pelo meio dos ônibus, normal, com pressa, uma fração de segundos, aquela imagem, gravada em minha cabeça me fez refletir sobre algo que até hoje não decifrei.
E no meio de tantas cabeças, ele se fez mais uma cabeça, virou multidão. Me valeu a imagem, era para mim aquilo, Mário Gomes.

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