sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

De mim.

A tristeza é passageira, a melancolia, tudo. Agora, respiro outros gostos, sinto outros ares, vascilo menos no inevitável, desapareço.
A vida segue por caminhos que na maioria das vezes o controle é utopia, e grito. Grito alto apesar de nem eu mesmo ter a capacidade de ouvir, ouvir qualquer coisa.
A solidão é minha arma, é minha alma. Nela me perco, me encontro e não me reconheço no escuro. Um estupro, um estupro de mim através das mãos frias e só.
O meu susto não de aqui, o meu lugar não é de aqui. Finjo saber amar porque julgo saber finjir amar!
Louco... não me entendem, mergulho fundo através de pensamentos passados, de histórias minhas, usurpo tudo, estou só.
Não amaria a mim, não quero o amor. Quem ama não goza das faculdades mentais...
Irei provar dos sabores fúnebres, rastejar, chorar, não vejo vida, se há vida, não sei!
Guardo mais que roupas em meu quarto, me guardo até o fim. Me tranco por entre portas imaginárias, sequestro-me, sem resgate, meu cativeiro é do lado esquerdo do corpo.
Sozinho!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Momentusssss.

Eu fiz as pazes comigo mesmo e por consequência encontrei o centro de mim, o centro do meu cerne, do meu gênio, o centro de mim.
Sem sombras, sem fantasmas, sem passado. Há algo agora aqui dentro, dentro do meu corpo, dentro do meu quarto. O meu quarto. Tão pequeno e tão grande, me perco nessa pequena imensidão, ridícula imensidão. Ínfima imensidão.
A verdade é fato relativo, isso encoraja minha alegria, renova minha felicidade. Não sou mais dono de mim e lembro da mediocridade passada, um pouco minha, um pouco da vida, um pouco dos outros.
Retorno a uma solidão feliz onde tudo tem seu devido lugar, sem expectativas, sem esperanças. As esperanças ficam por contam do dia, do dia claro, onde se há tempo para viver.
O meu tempo é lento mas não o subestimo, ele ainda é o Tempo.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Pensamentos...

Eu nunca tive um bom relacionamento com o passado, mesmo que ele tenha sido um passado feliz. Não que eu descarte os bons momentos, é que eu  ainda não sei lidar com certas coisas.
Tudo na sua medida certa e como um empurrão tresloucado a voz de um doce amigo me chama de volta ao presente, me relembra o passado e no decorrer da conversa eu penso no futuro.
As experiências da vida poldam as pessoas, no final da conversa acho que alguém queria dizer: Pois tah, um abraço. Não disse, não porque não quisesse, como disse: as experiências poldam as pessoas.
Mas eu disse, disse por mim e por ele, disse pra ele. Eu tinha essa obrigação, nessa ligação ele me deu mais do que podia ou sabia.
Nisso tudo eu viajei, fui longe, dei uma volta enorme em todos os meus pensamentos, meus obetivos, talvez tenha voltado em algum lugar, alguma parte dos meus mais profundos sentimentos, tenha chorado por lá, pensado por lá e ví que não posso pedir dos outros mais do que eles podem dar, preciso enxergar isso, estou ficando velho.
Mas bom relacionamento com o passado eu não tenho mesmo.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Vivo

Descansando, tomei a decisão de me embriagar na solidão, contemplar tempos felizes e me perder dentro de mim mesmo. Não perco nada.
Eu precisava pensar assim, precisava e agora já posso seguir sozinho. Dependências haverá sempre mas por agora eu já me dou por satisfeito.
Não debito à ninguém, não mais, o peso das consequências das minhas atitudes, agora vou encarar bem de frente os percalços, parece que encontrei um Paulo que havia se perdido, não me reconheço mais.
Não é autobiográfivo, não é análise e nem cartaze, é a realidade. Volto para o lugar de partida, agora só, como de costume, com o pé no acelerador e com sede de...
O tempo de hoje acabou, foi triste, foi solitário, nada do que eu havia imaginado, mas graças a esse vazio, o veú que encobria meus olhos se rasgou, caiu pelo chão e eu não posso dizer mais nada além de: nada me dá mais prazer do que a vontade de fazer o mau.
Estou vivo!

Dor

Eu, por involuntário instinto, decidí entregar o sentido de minha vida à alguém. Arriscado isso, minha vontade em segundo plano. Hoje vivo por migalhas. Como queria me libertar, mas como é doce o sabor de estar perto.
Minha cabeça me trai, como sempre.

O que quero não depende mais de mim, e depende, quando tudo mudar, voltarei a minha solidão de outrora. Lá, vivo no meu espaço particular sem depender de ninguém ou de alguém.
Na verdade, e que não assumo,  o que sinto é amor, indiscutível amor.
O amor me faz sofrer, logo a mim, logo a mim. Consequências de uma vida sem saber amar é a sofreguidão.
Hoje sei que além de não saber amar eu só julgava saber amar, ilusão.
Agora cá estou eu com o corpo trêmulo, caido ao chão esperando pingos de atenção de ambas as partes, esmolas em dias mais abastardos.
Há que ponto cheguei. Há que ponto chegarei!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Só eu.

Eu pago um preço alto por bater de frente com a hipocrisia, isso dói muito mas não é tempo de cogitar uma retirada. É tempo do recomeço, isso sim.
Fico pensando por quanto tempo se pode levar uma farsa apesar de saber que a alegria de alguém tem prazo determinado, determinado por mim.
Os sonhos se acabaram, o que ficou foi migalhas, migalhas de sonhos, como pode?
Eu só queria ser mais compreendido sabe! Não ajudo e isso atrapalha. Minha máscara caiu, talvez alguém tenha notado, talvez não, vou levando.
Eu tenho uma relação estreita com o passado, não me assusta, o que quero não é mais daqui. Acho que o mundo parou e eu descí.
Sou responsavél por tudo o que acontece comigo, isso não é novidade, mas preciso sempre saber e não esquecer disso, afinal, debitar na conta de outrém certas causas é mais prático.
Mas não adianta, sozinho no  meu quarto, somente eu e eu, saberei o preço da responsabilidade, ou da falta dela ou da irresponsablidade mesmo.
Não esperarei que alguém me dê as costas...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Sem mais.

Claro que de certa forma as coisas, por mais esquisitas que pareçam, agoram tendem a se guiar por outros caminhos. É como que se fosse preciso reconstruir o alicerce de alguma coisa que prefiro esconder.
A minha felicidade é clandestina. Experimentar tudo de novo com aquele sabor que por vezes dei por perdido. Tudo, infinitamente tudo, corre bem.
E é engraçado ver como é interessante fechar os lhos pra certas coisas. Hiprocrisia é outra coisa.
Deitar na cama, conversar, viajar pra bem longe e a cabeça alí pedindo para não dar um passo em falso, os risos, as teorias, voltamos ao passado, fechamos o olhos.
Há arrependimento intríseco nos gestos e participando subliminarmente de tudo... não há espaço para lacunas. O que quero dizer não sai pela boca, é mais fundo, não sai.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Subida

O que recai sobre nós agora soa como bálsamo. É como morfina que isola nossa dor. Imaginamos que isole. Essa sensação de distância, de coisa ruim, gostaríamos de não sentir, impossível.
O ato de escrever e descrever a imensidão de torturas que rodeiam nossas cabeças serve de análise, somos loucos. Na verdade, somos doentes.
Queremos o que não é nosso. Ousamos falar na 1ª pessoa do plural porque queremos eximir de culpa uma parte da matéria pensamente. Ninguém vai entender mesmo, não atingiremos quem queremos, voltemos a 1ª pessoa do singular.
Sem a companhia de outrora agora volto a ser só. Ao contrário do que imaginam, não há tristeza na solidão.
É na solidão que os fantasmas aparecem, não se precisa do medo nessas horas. A gota de veneno que poderia ser a salvação se mostra verdadeira armadilha e tudo parece que volta a ter sentido, tudo isso por causa de um movimento que sabe-se lá DEUS se é verdadeiro.
O que me embala agora e me dá certeza de tudo é a voz de uma criança, que por ser criança, me salva. As simples palavras me salvam.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ira.

Ou as coisas estão nos seus devidos lugares ou estarão nos lugares em que você não planejava. Caso isso ocorra.... Não há mais tempo para nada, não somos mais nada. O tempo é cruel e nós ainda não sabemos lidar com a vida. Pena.
Pelo menos existem lembranças, isso nós carregaremos até o fim. Nossa cabeça não é das mais confiavéis e tudo pode mudar. Menos nós.
Escrevemos isso com sentimento ruim no coração, não pela maldade em sí mas sim pelo o que perdemos juntos e até separados.
Agora não há mais nada a ser feito a não ser esperar outra chance de reconciliação, não queríamos perder nosso amor.
No nosso quarto escuro, vagamos silenciosos em meio as tristezas e o passado, nada é correspondido e apesar das janelas fechadas, o frio da solidão é múltiplo.
Olhar as rosas e o tempo já não é remédio para nada e como é triste saber e pensar nas oportunidades que perdemos.
Mas não traimos, isso não é nosso. Cortamos em partes diferentes os sentimentos ruins, usamos ao nosso insignificante prazer, em doses pouco iguais e justas. Bebemos o resto do ódio obtuso de uma solidão anunciada.
Foram quebradas as bases de tudo, de tudo que construimos graças ao nosso modo de ser, esse modo fabulosamente mesquinho.
Encontramos alguém pior que nós!