sexta-feira, 15 de julho de 2011

Sua sorte de hoje é...

Dar-se uma volta no mundo, uma volta no centro de tudo e se vê que não se vai ao longe e nada se perde ou se julga perder pelos passos errados dado na doce e frágil vida. Por quê? Por nada. Cada consequência milimetricamente calculada em resposta a uma causa faz a consciência de cada um, a seu modo, parecer um nada, quando ainda se pode ser um nada, um vazio.
Não há culpa e nem adianta procurar, nas coisas da vida não há razão. Acontece, faz! Eu queria "parar" tudo por uma explicação qualquer, por isso adoro as aspas. Eu tenho um caso eterno com as aspas. Minha vida vive sob aspas.
Ví a Luz, ouví a Luz, agora não será falta do nada e sim o excesso de tudo e já vejo a rotina se esparramar nos dias primeiros. Quero minha vida de volta, o riso frouxo, a alegria desmedida, futil, reciclável e nítida. Sinto falta da inércia dos fatos novos, de ver o dia nascer e crescer por entre uma janela com vidro, aquilo tudo que fez e faz parte de mim. Ser tudo em um todo!
Me libertar, gritar. Já sinto as consequências de tudo e não há revolta, não há nada, só reflexão. Admite-se rápido o erro quando se entende o erro. Erro é erro. Vida é vida e eu passo.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Por um dia.

Eu arrumo minhas coisas, minhas malas, minhas lembranças e saio. O que fica sobre a mesa é resto que fala um pouco de mim, de Nós. Arranjos de plásticos, sujos plástico que denunciam falta de vida na própria vida insalubre de ser quem você é ou julgar ser justamente quem pensa que é, e não é.
Na mala, como bom materialista, levo o que sobra de mim, nada se descarta. É como se trocasse de pele e alí também ficasse meus segredos, sem querer dividi-los, os carrego, são meus.
Não há porque deixar parte de mim pra trás, é uma parte mas sou eu, em pedaços, rasgados, mas sou eu. Viajo.
Testei a mais forte consciência livre da palavra, um outro ar entra nos meus pulmões, minha língua, que me prende, que me absolve... que sirva de exemplo!
Não há alegria nisso, ando só desde pequeno, triste, solitário e mal. Mas um dia ouvirão coisas que sairão das bocas outras, que me viram, que me ouviram nos becos sujos, podres e marginais, qual surpresa! Nenhuma.
O que arranha a vida alheia é a vontade de ter, de saber e não ver. A minha tua vida mora aqui, na minha grande e pesada e mal arrumada mala de Eu só!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Por mim o amor passou...

Apesar de estar só e não se sentir só, o ser humano é adaptável e conformista. Transpassar todas as barreiras dos limites mais improváveis e provar pra sí mesmo, mesmo na solidão e na sofreguidão do pesar da vida que tudo vale a pena.
Problemas todos Nós temos, porém um facho de alegria, e isso é inerente a todos, se rasga sobre a mente mais desiludida e quem nunca se pegou rindo a toa no lugar mais imprevisível?
Por vezes tenho medo, não fobia, somente medo. Parece que meu rosto se quebra, foge ao comum, beira a dor sem controle, me recorda dos sentimentos e devaneios que ocorrem antes de um choro ou de um sorriso, e fico feliz por ser um sorriso.
O HOMEM se rende a um sorriso, qual poder seria esse? O de desarmar os corações. Mas em quem confiar? O coração é o único músculo involuntário do nosso corpo, tem vida própria, isso me retém MEDO. Amo não subestimar o coração...
Eu não sei falar das coisas do coração! A tristeza, a mágoa, o ranço, eu trago nas palavras, está ligado a mim. Tristeza não tem fim, FELICIDADE sim!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Lampejo de Luz

Apesar do vazio, da solidão, da inércia, há algo que ainda me segura, parece uma certeza de alguma coisa que me anima, não sei bem o que!
Viver de lembranças é bom, é como se vivesse mais de uma vez determinada FELICIDADE. Eu vivo disso. E tudo é bom, o que pode a vir a ser ruim é o escuro do quarto, o ruído do silêncio, é ter a certeza do nada amanhã de manhã.
Mas tem algo que me alegra, não posso revelar mas me alegra, me revigora, me anima, vai além de tudo que transpassa pelo meu pensamento e eu vôo.
Viver de SAUDADES... que bom poder ainda sentir saudade de algo, de alguém, essa é a minha vida, a minha lei e não importa o custo da tal felicidade, se é pra ser feliz, que se seja feliz, afinal quem diz que felicidade não se compra é porquê não a reconhece em nenhuma loja.
Por hoje eu exalo FELICIDADE, é barata mas é a minha e só minha e de mais ninguém. Use a sua por hoje também, a sua cota de AMOR!!!
Não é conselho e isso aqui não é o "meu querido diário".

terça-feira, 5 de julho de 2011

Eu

Agora estou aqui, prisioneiro de mim mesmo indo a algum lugar que nem sei onde vai dar, vigiando minha sorte, rara e escassa sorte por meio de um olhar nostálgico, quase mendigo.
Eu ando, eu respiro e eu sinto dor. Mais que meu corpo, mais que minha alma, dor de além, de além entendimento. Eu vejo tudo e nada sei, nada me parece íntimo, tudo é caro e vulgar e eu morro.
As noites ainda me prendem, não era pra ser assim. Minha felicidade carece de uma mão estendida, não preciso de muito.
Como dói ter ciúmes de algo que não é seu, meu caminho não é meu. Eu não sou meu, nem sou teu, eu!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Profusão

A rotina tem seu sabor particular, envolve, cobre e descobre a mente nua e suja. Descobrí que sou capaz de AMAR.
Porém, o que tenho pra dar é diferente até de tudo aquilo que eu julgava saber e conhecer. Não creio que alguém o queira, me queira. Eu passo adiante.
Para ver além e dizer a mais se paga preço alto, minha raiva é de momento, não guardo mágoa, eu guardo tudo e perco tudo e tudo é meu.
Tem uma calma aqui, aqui no meu quarto, aqui no meu peito. O correto seria eu sentir medo agora e talvez eu sinta, mas prefiro fingir a calma pra quem sabe depois fingir o medo e depois fingir viver.
Num movimento letárgico eu respiro e transpiro frigidez, mas é outra frigidez e vejo tudo passar, de novo, como num filme. Ruim pra quem deixou a máscara cair na minha frente.
E eu vou rastejar, e eu vou chorar, e eu vou gritar, a meu modo, o peito aberto contra o que eu não engolí. Mas como? É tudo diferente, eu já disse que é tudo diferente. Sumiram minhas armas, eu vou viver!