domingo, 29 de março de 2009

Sereno!

Através da sala que tem uma vidraça que me barra, vejo um vão que segue a uma parede que possui duas pequenas janelas onde vejo a chuva.
A chuva que num passado próximo me assombrava, me arruianava, que me perseguia já não me é mais tão nociva.
Agora eu posso sentir o seu frio, o seu sentimento, eu a respiro. E com jeito ainda assustado me surpreendo com ela.
Ela cai forte, serena, impiedosa só pra eu ver, só pra eu sentir como se de alguma forma ela quisesse ainda mandar em mim.
Ela é agora totalmente água, só água, seja torrencial, seja neblina, já não me assusta mais.
Eu paro tudo e corro pra vê-la, contempla-lá.
Eu me vejo em todo canto como se eu corresse, não dela mas pra ela. Como já disse, ela já não me assusta mais.
Só a sombra do passado me assusta, ela vem pra me lavar.

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