terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A Felicidade não é o meu forte!

A Felicidade não é meu forte, eu falo outra língua, o que me anima é triste. O vazio de minha casa mostra o tempo do meu coração, dói sentir paredes brancas e frias, meu peito.
E não há nada, nada em mim, nada em casa. Meu cativeiro, meu peito. Meu mundo silente e imaginário corre por entre veias que me sufocam e me libertam, preciso da morte para viver.
Preciso da mentira diária, minha dose cavalar de hipocrisia. Hipocrisia que me castiga e me corrói. Não vivo sem ela. Sem ela a beleza é vaga, é fugaz. Tudo é descartável em meu coração por conta do AMOR.
O que vejo pela janela de mim são traços de uma alegria disfarçada que teima em pesar sobre mim, borboletas de papel, frias, brancas, leves. Um traço de consciência da beleza relativa do tempo.
Não há tempo para o AMOR, não agora. O que quero, busco em algum soneto de descanso, descanso livre de dor, dor umbilical presente nas vestes do mendigo de mim.
A minha beleza é atemporal, não se cultiva, não tem rosto,  é guardada nos pés, pés que me sustentam pelo leve pensar da linha imaginária da existência da vida. Vida, já não tenho mais.
Flores descartáveis é o que ofereço!

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