domingo, 18 de janeiro de 2009

Lembranças...

Acordar antes que as rosas escureçam, sentir o sol no rosto antes que a morte chegue e por fim, amar até a última gota de chuva evaporar no íntimo do ser fraco e podre.
Procurar incessantemente um meio de se fazer enxegar é ao mesmo tempo se perder na soleira da porta querendo ver o que não existe, e fico só.
As jóias, o dia, a pele e o sentimento não é mais o mesmo quando se descobre que a sua voz não é o suficiente pra chamar pra sí a responsabilidade do mundo.
Diante do exposto eu me pergunto por quê é tão chato, ruim e dificil entender o ser humano!
Por quê incomoda os atos? a falta do feed-back? Por quê isso me sufoca se eu já sei que o mundo não gira em torno do meu umbigo? Por quê tantos porques se eu ja julguei não errar mais tendo em vista o que já passei!
É incrivel como a cada manhã eu prometo não errar e quando volto pra casa, fracasso. É como prometer nunca mais usar uma droga qualquer e no fim do dia ter "cheirado" todo o carregamento do Fernandinho Beira-Mar.
Eu tenho duas saídas: eu faço parte do problema ou faço parte da solução do problema, mas de tanto questionar, acho que eu sou o problema assim como o problema da vida é o insustentavél mistério do nada.
Como dói lembrar da minha infância… e eu ainda transito e julgo uma causa que penso ter eu o direito de esperniar e me entrego e me revelo cada noite sozinho na minha cama, alí, bem alí onde moro no meu apertado infinito particular onde eu sou o Rei, um Rei, sem trono, sem reino, sem coroa, digno apenas de uma guilhotina Vitoriana.
Urbe et Orbi.

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