domingo, 18 de janeiro de 2009

Solidão.

Eu não quero as masmorras, nem as Pragas do Egito Antigo. Não quero a pena de morte, a solidão, a cruz.
Não quero as guilhotinas, as chicotadas, o paredão. Não quero o Coliseu, nem os calabouços, nem a máscara de ferro.
Não quero a cela, a cadeia, a sentença, a pena. Não quero as malígnas línguas e nem as maldições que vão recair até a minha 3ª geração.
Quero correr só, pelo mato, pela mata, cruzar o desconhecido, sentir o cheiro fresco do ar no nariz, o frio e o calor na pele, ir atrás do sexo do Homem, da Mulher.
Por onde ando não sei, só sei que no caminho que sigo já não sei mais o caminho da volta. Por alí, por onde passou, alí deixou o seu rastro de solidão, angústia…
Já não sou pássaro, nem tenho na boca a recordação de outrora, paro, sento, caiu e morro. Vejo que a minha matéria, a minha armadura é falha.
Agora compreendo que nunca viví, apenas sonhei que vivia.
Estou morto, vejo tudo e entendo tudo. Estou morto e só.

Nenhum comentário:

Postar um comentário