segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Retorno.

De todas as confusões em minha cabeça, a que mais me dá trabalho é o AMOR. Não por nada, é só pela falta de traquejo em saber amar, ou até mesmo de não saber, e me confundo todo.
Tirando as dores e angústia que são inerentes, o que sobre é força. Não sei bem. Eu me pergunto até quando se portar assim, até quando levar essa vida assim, até quando?
Eu vivo não por hoje e nem pra hoje, eu vivo em outro canto, bem longe de aqui, numa atmosfera surreal, imoral, que me completa e me sacia, me vicia.
Quantas tristezas conheço através do meu coração por não ceder e não entender o que a vida pode me dar aos poucos, aliás, os poucos me sustentam, me toleram. O que seria eu sem eles, os parcos poucos!!!
Sem mendigar e nem rastejar luz, o que me estupra e viola é meu par, carne com carne, voraz, inútil e fugaz. É o que completa, o que subtrai, o que dilacera e corrói. O ar rarefeito que putrefaz minha alma, meu gênio, meu ser.
Eu não vivo aqui e minha cabeça não me pertence mais.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Conceito

Pelo menos ainda tenho forças para querer algo de bom nessa vida. Não que tudo tenha se esgotado, mas é bom perseverar algo no vislumbre de um bom sonho.
Não custa nada ir adiante e que bom ter novas chances, ter a sensação de poder fazer de novo e melhor, não sei. Não sei se será assim, só sei que ainda sonho.
Me chamem de louco, de falso, de tudo, que me importa. Paga-se preço por tudo. O bom é apontar o dedo, como isso é bom. E no fim só se conta os poucos trocados que qualquer um pode trazer no bolso, o que pode até ser muito no final do dia.
Erros e mais erros, ninguém está livre. Livre, o que seria isso?! Me prendí em algo que subestimo, que me maltrata. O amor sempre dói ou isso é só comigo?
Ainda amo minha cama, ainda confio em meu travesseiro e penso em me soltar e não mais voltar da terra dos meus sonhos, não que eu não goste de lá, mas sim porque não posso ficar lá.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Pensamento!

Aos poucos, com consciência, eu acabo descobrindo o simples e o simples é tudo. A felicidade que procuro dorme e respira próximo a mim e me questiono por quanto tempo ainda guardarei certas coisas em meu peito!
Eu vejo o mundo passar, girar, mas de tudo me falta um pouco e não estou só. Tenho medo da minha cabeça, dos meus caminhos...
E o que procuro? Não falo, do contrário me veriam de outra forma, sem absolvição. Não sou traidor, eu vivo.
A cada passo descubro um pouco de mim, um pouco do outro e para cada chance de alegria eu multiplico por 1000 porque sei e entendo pequenas partes de satisfação. Satisfação não seria a palavra mais adequada, mas não queria repetir "felicidade" de novo.
A redundância é quase que minha amiga, só não o é por completa porque tenho um caso adúltero com a rotina e dessa não escapo.
Aliás, nada se escapa ao tempo e ao que está escrito, nada.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Sua sorte de hoje é...

Dar-se uma volta no mundo, uma volta no centro de tudo e se vê que não se vai ao longe e nada se perde ou se julga perder pelos passos errados dado na doce e frágil vida. Por quê? Por nada. Cada consequência milimetricamente calculada em resposta a uma causa faz a consciência de cada um, a seu modo, parecer um nada, quando ainda se pode ser um nada, um vazio.
Não há culpa e nem adianta procurar, nas coisas da vida não há razão. Acontece, faz! Eu queria "parar" tudo por uma explicação qualquer, por isso adoro as aspas. Eu tenho um caso eterno com as aspas. Minha vida vive sob aspas.
Ví a Luz, ouví a Luz, agora não será falta do nada e sim o excesso de tudo e já vejo a rotina se esparramar nos dias primeiros. Quero minha vida de volta, o riso frouxo, a alegria desmedida, futil, reciclável e nítida. Sinto falta da inércia dos fatos novos, de ver o dia nascer e crescer por entre uma janela com vidro, aquilo tudo que fez e faz parte de mim. Ser tudo em um todo!
Me libertar, gritar. Já sinto as consequências de tudo e não há revolta, não há nada, só reflexão. Admite-se rápido o erro quando se entende o erro. Erro é erro. Vida é vida e eu passo.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Por um dia.

Eu arrumo minhas coisas, minhas malas, minhas lembranças e saio. O que fica sobre a mesa é resto que fala um pouco de mim, de Nós. Arranjos de plásticos, sujos plástico que denunciam falta de vida na própria vida insalubre de ser quem você é ou julgar ser justamente quem pensa que é, e não é.
Na mala, como bom materialista, levo o que sobra de mim, nada se descarta. É como se trocasse de pele e alí também ficasse meus segredos, sem querer dividi-los, os carrego, são meus.
Não há porque deixar parte de mim pra trás, é uma parte mas sou eu, em pedaços, rasgados, mas sou eu. Viajo.
Testei a mais forte consciência livre da palavra, um outro ar entra nos meus pulmões, minha língua, que me prende, que me absolve... que sirva de exemplo!
Não há alegria nisso, ando só desde pequeno, triste, solitário e mal. Mas um dia ouvirão coisas que sairão das bocas outras, que me viram, que me ouviram nos becos sujos, podres e marginais, qual surpresa! Nenhuma.
O que arranha a vida alheia é a vontade de ter, de saber e não ver. A minha tua vida mora aqui, na minha grande e pesada e mal arrumada mala de Eu só!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Por mim o amor passou...

Apesar de estar só e não se sentir só, o ser humano é adaptável e conformista. Transpassar todas as barreiras dos limites mais improváveis e provar pra sí mesmo, mesmo na solidão e na sofreguidão do pesar da vida que tudo vale a pena.
Problemas todos Nós temos, porém um facho de alegria, e isso é inerente a todos, se rasga sobre a mente mais desiludida e quem nunca se pegou rindo a toa no lugar mais imprevisível?
Por vezes tenho medo, não fobia, somente medo. Parece que meu rosto se quebra, foge ao comum, beira a dor sem controle, me recorda dos sentimentos e devaneios que ocorrem antes de um choro ou de um sorriso, e fico feliz por ser um sorriso.
O HOMEM se rende a um sorriso, qual poder seria esse? O de desarmar os corações. Mas em quem confiar? O coração é o único músculo involuntário do nosso corpo, tem vida própria, isso me retém MEDO. Amo não subestimar o coração...
Eu não sei falar das coisas do coração! A tristeza, a mágoa, o ranço, eu trago nas palavras, está ligado a mim. Tristeza não tem fim, FELICIDADE sim!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Lampejo de Luz

Apesar do vazio, da solidão, da inércia, há algo que ainda me segura, parece uma certeza de alguma coisa que me anima, não sei bem o que!
Viver de lembranças é bom, é como se vivesse mais de uma vez determinada FELICIDADE. Eu vivo disso. E tudo é bom, o que pode a vir a ser ruim é o escuro do quarto, o ruído do silêncio, é ter a certeza do nada amanhã de manhã.
Mas tem algo que me alegra, não posso revelar mas me alegra, me revigora, me anima, vai além de tudo que transpassa pelo meu pensamento e eu vôo.
Viver de SAUDADES... que bom poder ainda sentir saudade de algo, de alguém, essa é a minha vida, a minha lei e não importa o custo da tal felicidade, se é pra ser feliz, que se seja feliz, afinal quem diz que felicidade não se compra é porquê não a reconhece em nenhuma loja.
Por hoje eu exalo FELICIDADE, é barata mas é a minha e só minha e de mais ninguém. Use a sua por hoje também, a sua cota de AMOR!!!
Não é conselho e isso aqui não é o "meu querido diário".

terça-feira, 5 de julho de 2011

Eu

Agora estou aqui, prisioneiro de mim mesmo indo a algum lugar que nem sei onde vai dar, vigiando minha sorte, rara e escassa sorte por meio de um olhar nostálgico, quase mendigo.
Eu ando, eu respiro e eu sinto dor. Mais que meu corpo, mais que minha alma, dor de além, de além entendimento. Eu vejo tudo e nada sei, nada me parece íntimo, tudo é caro e vulgar e eu morro.
As noites ainda me prendem, não era pra ser assim. Minha felicidade carece de uma mão estendida, não preciso de muito.
Como dói ter ciúmes de algo que não é seu, meu caminho não é meu. Eu não sou meu, nem sou teu, eu!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Profusão

A rotina tem seu sabor particular, envolve, cobre e descobre a mente nua e suja. Descobrí que sou capaz de AMAR.
Porém, o que tenho pra dar é diferente até de tudo aquilo que eu julgava saber e conhecer. Não creio que alguém o queira, me queira. Eu passo adiante.
Para ver além e dizer a mais se paga preço alto, minha raiva é de momento, não guardo mágoa, eu guardo tudo e perco tudo e tudo é meu.
Tem uma calma aqui, aqui no meu quarto, aqui no meu peito. O correto seria eu sentir medo agora e talvez eu sinta, mas prefiro fingir a calma pra quem sabe depois fingir o medo e depois fingir viver.
Num movimento letárgico eu respiro e transpiro frigidez, mas é outra frigidez e vejo tudo passar, de novo, como num filme. Ruim pra quem deixou a máscara cair na minha frente.
E eu vou rastejar, e eu vou chorar, e eu vou gritar, a meu modo, o peito aberto contra o que eu não engolí. Mas como? É tudo diferente, eu já disse que é tudo diferente. Sumiram minhas armas, eu vou viver!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Por hoje...

Não entendo porque me curvo, não sei bem o porque, só me curvo. Noite longa, mente vazia, estranho começo de vida, ar outro! Preocupação de MÃE é uterino, umbilical. Alguém sabe da minha dor mas cala.
Não sinto o vento, não sinto o tempo, só ando, ando pelos mesmos caminhos de sempre, vendo as mesmas pessoas de sempre mas sinto algo diferente. Eu vivo lá e não conheço nada.
Tudo é estranho a mim até eu sou estranho a mim mesmo. Fiz tudo e não vejo nada, minha cabeça dói.
Meu cativeiro, meu sono. Aqui de mãos dadas com quem não me "trai", seguro, morro e vivo hoje!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Velho golpe

Um velho golpe, não há como cair, quem se engana? Talvez a fonte se engane.
Eu tenho minhas qualidades...não lembro da mediocridade. Ainda me arrasto, não vejo luzes, não vejo nada. Nada tenho a não ser meus velhos papéis velhos que teimam em me sufocar. Me perco neles. Nada tenho.
Rastejo pelos pensamentos de mim, grito, morro, sinto o sujo por entre os dedos, por entre os corpos, por quê?
Por quê ser assim?
As coisas estão as claras, já disse, velho golpe. Covardia, agora vejo coisas inerentes a todos. Ainda tenho medo.
Ficarei silente porque sei que outros se movimentam silentes. Louco eu? Louco sim, minha loucura ainda me salva, ainda sinto o ar podre das mentes por entre as narinas. Velho golpe, velho golpe!

domingo, 15 de maio de 2011

Reflexão

Que tratamento a vida me dá... procuro a cura, o que me atrai é a "droga", como fujo? Não fujo. Poderia ser hilário visto por outros olhos, eu vendo falsas alegrias.
Sobre à mesa posta nada ofereço. Que será de mim? O que procuro? O que quero? Eu sei, eu sei mas não ouso pedir, dizer. Não porque não quero mas talvez pelo excesso de incerteza que teimo em manufaturar.
Meu refúgio, meu sono, por que? Muitas perguntas, tantas outras negativas, eu tenho um caso com a palavra: TRISTEZA, não a tristeza convencional, não sei explicar. Ela me leva pra algum lugar, alí me escondo e ela me parece ALEGRE, estranho.
SAUDADE, vivo e morro de saudade...

sábado, 14 de maio de 2011

Introspecção insana

A escuridão, nossa que escuridão. Minha mente é vaga, é triste e confusa, me perco dentro de mim mesmo. Oscilação sem fim que me causa terror, horror.
Não me entendo, julguei um dia que me entendia, me enganei, acho que sempre me enganei. Parece loucura, talvez seja loucura, insana loucura, burra loucura ou somente a solitária loucura.
Viver tudo isso, essa constante do nada não me ajuda, me enterra mais. Me enterra em alguma coisa parida e criada por mim, que me trai e me sufoca e que me mata aos poucos.
Como sou "ingênuo". Logo eu!
Vivo em um dia vários dias, são muitos em um, não sinto o tempo, queria fujir, queria sumir...seria covardia minha ou ousadia moldar o mundo pelos meus olhos?
Seria estúpido, não sou nada. Sou alma suja errante, insignificante que teima em viver!

domingo, 8 de maio de 2011

Verdade.

Minha FELICIDADE depende do tempo, os ponteiros são meus inimigos, nunca giram a meu favor, incrível. Talvez, dentro de mim grandes passos tenham sido dados, besteira, ilusão, não tenho essa capacidade. A dor é minha forma mais sublime de viver.
É como se constantemente eu desistisse de tudo, eu não me reconheço mais aqui. Eu, velho cansado, não sujo, porém burro demais pra continuar entre os meus, por isso a desistência. Choro falso, quase vergonhoso, nunca tímido, não merecedor de confiança, uma fraude.
Riso frouxo da burrada da vida dos outros, eu só penso.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Traços

Ninguém entende minha FELICIDADE, às vezes nem eu. A bem da verdade nem sei se o que sinto é algo feliz, se for, talvez não seja, penso que seja.
É tudo muito pouco, quase nada ou em demasia, não controlo nem me salvo, só me sinto leve. Gosto do que me assombra, acho engraçado mas FELICIDADE eu penso que seja outra coisa.
Me satisfaço com tudo isso, é o que tenho, eu multiplico!
Assim tudo se segue, com verdades e mentiras, com tudo que julgo ver, sentir e viver.
Uma vez me disseram que a vida é como uma roda gigante: uma hora se estar por cima, outra hora por baixo e assim suscessivamente.
Talvez eu precise lubrificar a minha roda gigante que de gigante nada tem e pouco gira, gira, gira...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Passageiro...

Esperança renovada. Não combina comigo, até esqueço o valor de cada coisa quando me perco no medo oportuno. Nunca fui forte, nunca fui valente. Minha infância, não lembro, acordei hoje e me ví GRANDE. Não reconheço o passado. Nunca é bom se sentir PASSADO. Mas me encontro alí, no PASSADO.
É como se as horas contassem ao contrário, é como controlar o tempo sem poder voltar no tempo. É bem natural vindo de onde vem.
Parece que tatuei o NÃO no meu pulso. Ele vive em mim.
Não é auto avaliação, é auto mutilação, minha dor.
Eu, NÃO, Eu...

terça-feira, 3 de maio de 2011

Vergonha

Não tenho vergonha da minha covardia, eu trago o medo comigo e não gosto de maus sonhos. Não sei fujir do que me faz medo. Isso é covardia.
Aquilo me atormenta, parece real e talvez o seja, como sou pequeno. Notei que trilho o caminho errado mas não sei voltar.
Quem sabe voltar? Não seria bom, não é bom. Mas tenho medo. A sensação é de sujeira, pés sujos, alma suja, coisa assim. A água serviria não para me limpar mas para me fazer e me refazer, me levar, me conduzir pra longe, alí, perdido no transparente dela, invisível o dia todo.
Queria me limpar, me limpar de tudo e de todos, não há água suficiente, há medo o bastante. Rastejo por migalhas, tudo fragmentado, não sei em quem confiar. Não confio em mim!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Retorno.

Eu sonhava poder mais, mais alguma coisa que só revelo quando descanso a noite. Na verdade não sonho, finjo o ato e mergulho dentro de mim, solitário.
Alí me refugio, fujo, me escondo do que tenho capacidade de fazer e não faço. Carrego algo nocivo, vislumbro pensamentos incomuns a mim. Sim, sou eu.
Ninguém me reconhece, minhas intenções são outras, eu tenho pecados. Trago a escuridão e minha máscara cai, cai quando quero que ela se desapregue de minha face. Ela não caí, eu caio!
Meus braços são curtos, queria-os maior, queria poder pegar algo, não digo, não posso. Descubro que as sombras amigas são mesmo sombras, não se passa de sombras, não se confia em sombras.
Aprendí algo com o choro, não sei explicar, mas aprendí...

sábado, 19 de março de 2011

Dor

É insegurança, nunca fui assim e não estou sabendo ser. Dói. É uma dor solitária, parece que preciso de gotas constantes de amor. Eu não sei amar, chego sempre atrasado e minha cabeça gira.
Não sei amar. Não sei viver. Essa angústia me consome, me cala, me estorque, me faz mal. Não me reconheço.
Vivo sem alegria, ela é escassa. Menino sem alma, não quero amar.
O ato de finjir se esgota com rapidez, meu rosto entrega os fatos, os sentimentos. Queria fujir, atitude covarde, mas mesmo assim queria. Quero.
Poria fim a tudo se soubesse e tivesse a certeza que minha dor findaria. Mas não finda.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Profundo.

Tenho medo do que me sufoca, não tenho forças pra isso. É um vazio, um não sei o que, meio que preso, meio que livre. Não assumo o que seja embora saiba o que seja.
Mas decidí fazer o bem unicamente a mim embora ainda não saiba fazer o bem a todos. Alguém sofre.
Os dias me tomam o ar, me tomam a vida, hão de me tomar tudo enquanto eu não domar o escuro dos meus pensamentos. Eu sofro.
Sofro porque assim me fiz, na sofreguidão, constantemente me fiz. Não há saída, fragmentos de alegria, falsa alegria habita no meu peito, não sou feliz.
Vivo à morte, ando sem sons, vago pelos becos sozinho, perdido num emaranhado de desencontros querendo maiores doses de...não sei, mais uma vez não sei.
E nunca saberei, nunca saberei o que realmente quero, tenho uma visão destorcida do BELO.
Eu destorcicido de mim mesmo. De novo.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A Felicidade não é o meu forte!

A Felicidade não é meu forte, eu falo outra língua, o que me anima é triste. O vazio de minha casa mostra o tempo do meu coração, dói sentir paredes brancas e frias, meu peito.
E não há nada, nada em mim, nada em casa. Meu cativeiro, meu peito. Meu mundo silente e imaginário corre por entre veias que me sufocam e me libertam, preciso da morte para viver.
Preciso da mentira diária, minha dose cavalar de hipocrisia. Hipocrisia que me castiga e me corrói. Não vivo sem ela. Sem ela a beleza é vaga, é fugaz. Tudo é descartável em meu coração por conta do AMOR.
O que vejo pela janela de mim são traços de uma alegria disfarçada que teima em pesar sobre mim, borboletas de papel, frias, brancas, leves. Um traço de consciência da beleza relativa do tempo.
Não há tempo para o AMOR, não agora. O que quero, busco em algum soneto de descanso, descanso livre de dor, dor umbilical presente nas vestes do mendigo de mim.
A minha beleza é atemporal, não se cultiva, não tem rosto,  é guardada nos pés, pés que me sustentam pelo leve pensar da linha imaginária da existência da vida. Vida, já não tenho mais.
Flores descartáveis é o que ofereço!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Paradoxo

Pelas ruas dos meus pensamentos ultimamente não tem passado nada. Incrível. De sorte, poucas sombras, sombras de pedaços de lembranças. Me perco sozinho, como sempre fui!
Não há perigo na solidão, o que se teme é a própria solidão e me deparo com a mediocridade alheia.
Simples palavras, somente palavras não salvam ninguém, eu preciso de mais, eu condeno. Condeno pelo modo falso de se portar, condeno a presença do passado que nada mais diz, condeno e sub julgo a importância descartavél de certas presenças.
Isso vai muito mais além quando escrevo e penso em uma pessoa, vai muito mais além e na minha cabeça começo a contar nomes que até então eu julgava serem gentios.
Aponto nos outros o que em mim se derrama em conta gotas, mato o hipócrita e cultivo inimigos. A verdade não é pra todo mundo.
Limpo meus pés e sigo, volto pro começo do post e uma palavra me veste: solidão.
Não é surpresa, minhas roupas já não dizem muito de mim e meus dedos bebem de uma água morta, eles voltam a falar, aprendo a andar e descubro a felicidade em um momento de descuído. Perfeito!

MÃE

Alegria simples é alegria gratuita, isso eu tenho nos instantes com minha MÃE. MÃE é outra coisa, é um mundo infindavél de descobertas, ser filho é padecer no paraíso.
Eu olho o rosto dela, conto as rugas, escuto as rugas, lembro de um passado que não teima em retornar, para o descanso dela.
Lembro de tudo, até do que ela já não se lembra mais e me prendo cada vez mais a ela, girando ao redor dela.
Nisso tudo me perco no tempo, em um tempo em que a lógica era coisa menor, uma Era de descontentamentos, de tristeza, minha MÃE, rocha de outro dia agora só minha MÃE.
Eu revisito tudo, até partes da minha vida guardadas em baús seculares Perto de minha MÃE quase tudo é possível, ela tem algo que acho que é algo comum às MÃES, não sei. E sendo já responsável pelos meus atos, estou eu aqui ligado a ela por um cordão umbilical invisível como se eu temesse algo por perdê-la, e temo.
Por esses dias tenho declarado meu amor à ela, claro que ela não entende, eu falo com outras palavras, ela só rir. É o máximo que consigo fazer.
Faço essa confissão porque sei que meu mundo será diferente sem ela e hoje, aqui, amo a presença dela. A extensão do meu corpo, do meu ser, minha MÃE.
É confissão mesmo, virou um diário pelo menos nesse post.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Fim

Eu falo pelos dedos, minha garganta não é mais minha única saída. Falo pelas mãos. Minha voz agora é afõnica, estranha como ovelha desgarrada. Não sei o que é de mim.
Falta-me voz nos dedos, nas suas pontas, minha garganta é meu punho. Estou mudo.
Procuro minhas forças olhando para os "irmãos", vislumbro tudo, o que vejo não passa de pensamentos, tristes pensamentos.
Agora estou cá, sinto na força da solidão o combustível para seguir, para algum lugar qualquer, para dentro de mim. Tristeza não é incentivo pra ninguém. O que sou?
Não dou por mim nada mais, sou só. O meu vazio é largo! Ando forçosamente por sobre a Terra, pesando sobre ela carregando meu lastro da inquietude desnuda de um vento frio solitário que corta minha face. Falo por entre paredes, entre tempos.
Agora, caí por sobre essa Terra os resquícios de bem querer, bate-se à porta a ingratidão, por fim, sabe-se quem és, quem verdadeiramente és.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Um lar.

A tristeza que mora em meu coração não pode ser descrita. Apesar do sofrimento que entope minha garganta, é o dever de um coração apaixonado seguir em frente, só, quando sua sombra é vadia.
Mais do que vadia, minha mente, minha alma, tudo necessita de tempo. Como eu queria que tudo pelo menos uma vez fosse do jeito que eu quero.
A insensatez latente de um espírito mundano me faz crer que corro com peso nos pés. É como um sonho, um pesadelo. O mar, não me sinto no mar, queria ver o mar, ver sob minha idéias. É uma sede incessante.
O amor causa isso mas não posso falar de amor, a minha visão é deturpada, exagerada e sombria.
Sem planos pro futuro, o que me resgata é o frio da sujeira presente nos rabiscos de minha alma, confissões perdidas num quarto vazio, limpo da miséria hipócrita abastarda e solitário.
Ficarei só, nú e só.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

De mim.

A tristeza é passageira, a melancolia, tudo. Agora, respiro outros gostos, sinto outros ares, vascilo menos no inevitável, desapareço.
A vida segue por caminhos que na maioria das vezes o controle é utopia, e grito. Grito alto apesar de nem eu mesmo ter a capacidade de ouvir, ouvir qualquer coisa.
A solidão é minha arma, é minha alma. Nela me perco, me encontro e não me reconheço no escuro. Um estupro, um estupro de mim através das mãos frias e só.
O meu susto não de aqui, o meu lugar não é de aqui. Finjo saber amar porque julgo saber finjir amar!
Louco... não me entendem, mergulho fundo através de pensamentos passados, de histórias minhas, usurpo tudo, estou só.
Não amaria a mim, não quero o amor. Quem ama não goza das faculdades mentais...
Irei provar dos sabores fúnebres, rastejar, chorar, não vejo vida, se há vida, não sei!
Guardo mais que roupas em meu quarto, me guardo até o fim. Me tranco por entre portas imaginárias, sequestro-me, sem resgate, meu cativeiro é do lado esquerdo do corpo.
Sozinho!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Momentusssss.

Eu fiz as pazes comigo mesmo e por consequência encontrei o centro de mim, o centro do meu cerne, do meu gênio, o centro de mim.
Sem sombras, sem fantasmas, sem passado. Há algo agora aqui dentro, dentro do meu corpo, dentro do meu quarto. O meu quarto. Tão pequeno e tão grande, me perco nessa pequena imensidão, ridícula imensidão. Ínfima imensidão.
A verdade é fato relativo, isso encoraja minha alegria, renova minha felicidade. Não sou mais dono de mim e lembro da mediocridade passada, um pouco minha, um pouco da vida, um pouco dos outros.
Retorno a uma solidão feliz onde tudo tem seu devido lugar, sem expectativas, sem esperanças. As esperanças ficam por contam do dia, do dia claro, onde se há tempo para viver.
O meu tempo é lento mas não o subestimo, ele ainda é o Tempo.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Pensamentos...

Eu nunca tive um bom relacionamento com o passado, mesmo que ele tenha sido um passado feliz. Não que eu descarte os bons momentos, é que eu  ainda não sei lidar com certas coisas.
Tudo na sua medida certa e como um empurrão tresloucado a voz de um doce amigo me chama de volta ao presente, me relembra o passado e no decorrer da conversa eu penso no futuro.
As experiências da vida poldam as pessoas, no final da conversa acho que alguém queria dizer: Pois tah, um abraço. Não disse, não porque não quisesse, como disse: as experiências poldam as pessoas.
Mas eu disse, disse por mim e por ele, disse pra ele. Eu tinha essa obrigação, nessa ligação ele me deu mais do que podia ou sabia.
Nisso tudo eu viajei, fui longe, dei uma volta enorme em todos os meus pensamentos, meus obetivos, talvez tenha voltado em algum lugar, alguma parte dos meus mais profundos sentimentos, tenha chorado por lá, pensado por lá e ví que não posso pedir dos outros mais do que eles podem dar, preciso enxergar isso, estou ficando velho.
Mas bom relacionamento com o passado eu não tenho mesmo.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Vivo

Descansando, tomei a decisão de me embriagar na solidão, contemplar tempos felizes e me perder dentro de mim mesmo. Não perco nada.
Eu precisava pensar assim, precisava e agora já posso seguir sozinho. Dependências haverá sempre mas por agora eu já me dou por satisfeito.
Não debito à ninguém, não mais, o peso das consequências das minhas atitudes, agora vou encarar bem de frente os percalços, parece que encontrei um Paulo que havia se perdido, não me reconheço mais.
Não é autobiográfivo, não é análise e nem cartaze, é a realidade. Volto para o lugar de partida, agora só, como de costume, com o pé no acelerador e com sede de...
O tempo de hoje acabou, foi triste, foi solitário, nada do que eu havia imaginado, mas graças a esse vazio, o veú que encobria meus olhos se rasgou, caiu pelo chão e eu não posso dizer mais nada além de: nada me dá mais prazer do que a vontade de fazer o mau.
Estou vivo!

Dor

Eu, por involuntário instinto, decidí entregar o sentido de minha vida à alguém. Arriscado isso, minha vontade em segundo plano. Hoje vivo por migalhas. Como queria me libertar, mas como é doce o sabor de estar perto.
Minha cabeça me trai, como sempre.

O que quero não depende mais de mim, e depende, quando tudo mudar, voltarei a minha solidão de outrora. Lá, vivo no meu espaço particular sem depender de ninguém ou de alguém.
Na verdade, e que não assumo,  o que sinto é amor, indiscutível amor.
O amor me faz sofrer, logo a mim, logo a mim. Consequências de uma vida sem saber amar é a sofreguidão.
Hoje sei que além de não saber amar eu só julgava saber amar, ilusão.
Agora cá estou eu com o corpo trêmulo, caido ao chão esperando pingos de atenção de ambas as partes, esmolas em dias mais abastardos.
Há que ponto cheguei. Há que ponto chegarei!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Só eu.

Eu pago um preço alto por bater de frente com a hipocrisia, isso dói muito mas não é tempo de cogitar uma retirada. É tempo do recomeço, isso sim.
Fico pensando por quanto tempo se pode levar uma farsa apesar de saber que a alegria de alguém tem prazo determinado, determinado por mim.
Os sonhos se acabaram, o que ficou foi migalhas, migalhas de sonhos, como pode?
Eu só queria ser mais compreendido sabe! Não ajudo e isso atrapalha. Minha máscara caiu, talvez alguém tenha notado, talvez não, vou levando.
Eu tenho uma relação estreita com o passado, não me assusta, o que quero não é mais daqui. Acho que o mundo parou e eu descí.
Sou responsavél por tudo o que acontece comigo, isso não é novidade, mas preciso sempre saber e não esquecer disso, afinal, debitar na conta de outrém certas causas é mais prático.
Mas não adianta, sozinho no  meu quarto, somente eu e eu, saberei o preço da responsabilidade, ou da falta dela ou da irresponsablidade mesmo.
Não esperarei que alguém me dê as costas...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Sem mais.

Claro que de certa forma as coisas, por mais esquisitas que pareçam, agoram tendem a se guiar por outros caminhos. É como que se fosse preciso reconstruir o alicerce de alguma coisa que prefiro esconder.
A minha felicidade é clandestina. Experimentar tudo de novo com aquele sabor que por vezes dei por perdido. Tudo, infinitamente tudo, corre bem.
E é engraçado ver como é interessante fechar os lhos pra certas coisas. Hiprocrisia é outra coisa.
Deitar na cama, conversar, viajar pra bem longe e a cabeça alí pedindo para não dar um passo em falso, os risos, as teorias, voltamos ao passado, fechamos o olhos.
Há arrependimento intríseco nos gestos e participando subliminarmente de tudo... não há espaço para lacunas. O que quero dizer não sai pela boca, é mais fundo, não sai.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Subida

O que recai sobre nós agora soa como bálsamo. É como morfina que isola nossa dor. Imaginamos que isole. Essa sensação de distância, de coisa ruim, gostaríamos de não sentir, impossível.
O ato de escrever e descrever a imensidão de torturas que rodeiam nossas cabeças serve de análise, somos loucos. Na verdade, somos doentes.
Queremos o que não é nosso. Ousamos falar na 1ª pessoa do plural porque queremos eximir de culpa uma parte da matéria pensamente. Ninguém vai entender mesmo, não atingiremos quem queremos, voltemos a 1ª pessoa do singular.
Sem a companhia de outrora agora volto a ser só. Ao contrário do que imaginam, não há tristeza na solidão.
É na solidão que os fantasmas aparecem, não se precisa do medo nessas horas. A gota de veneno que poderia ser a salvação se mostra verdadeira armadilha e tudo parece que volta a ter sentido, tudo isso por causa de um movimento que sabe-se lá DEUS se é verdadeiro.
O que me embala agora e me dá certeza de tudo é a voz de uma criança, que por ser criança, me salva. As simples palavras me salvam.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ira.

Ou as coisas estão nos seus devidos lugares ou estarão nos lugares em que você não planejava. Caso isso ocorra.... Não há mais tempo para nada, não somos mais nada. O tempo é cruel e nós ainda não sabemos lidar com a vida. Pena.
Pelo menos existem lembranças, isso nós carregaremos até o fim. Nossa cabeça não é das mais confiavéis e tudo pode mudar. Menos nós.
Escrevemos isso com sentimento ruim no coração, não pela maldade em sí mas sim pelo o que perdemos juntos e até separados.
Agora não há mais nada a ser feito a não ser esperar outra chance de reconciliação, não queríamos perder nosso amor.
No nosso quarto escuro, vagamos silenciosos em meio as tristezas e o passado, nada é correspondido e apesar das janelas fechadas, o frio da solidão é múltiplo.
Olhar as rosas e o tempo já não é remédio para nada e como é triste saber e pensar nas oportunidades que perdemos.
Mas não traimos, isso não é nosso. Cortamos em partes diferentes os sentimentos ruins, usamos ao nosso insignificante prazer, em doses pouco iguais e justas. Bebemos o resto do ódio obtuso de uma solidão anunciada.
Foram quebradas as bases de tudo, de tudo que construimos graças ao nosso modo de ser, esse modo fabulosamente mesquinho.
Encontramos alguém pior que nós!